O projeto
Lombardia
e conhecida por suas grandes feiras e para atender essa necessidade em 2000
houve um concurso internacional no qual o projeto de Fuksas foi o ganhador. O
seu projeto se tornou um dos maiores de engenharia da Europa nos últimos anos.
O que
mais chama atenção nessa obra é a forma da cobertura (vulcão e um véu) que se
destaca no meio da paisagem se tornando um símbolo para cidade.
O
complexo expositivo está em local estratégico, a poucos quilômetros do centro
da cidade e da antiga sede da feira, em meio aos principais cruzamentos rodo
ferroviários e ao longo do eixo entre Milão e o
aeroporto internacional de Mal pensa. Para a interligação direta entre o pólo e
a cidade, foi inaugurada a linha de metrô Rho Fiera.
A obra foi inaugurada em 31 de março de 2005 com o objetivo de trazer
para a cidade e para o país um espaço expositivo de nível internacional, nos
campos urbanístico, arquitetônico e econômico, capaz de competir com as maiores
feiras do mundo. Para isso, investiram-se mais de 750 milhões de euros, o
equivalente a mais de R$ 2 bilhões
Área:
espaço ocupa um quarteirão de mais de 2 milhões de m2
A
escolha do aço como principal material de construção foi consequência lógica
da necessidade de criar, em pouco tempo, imensos espaços
livres e com grandes
aberturas. As paredes são de chapas de aço inoxidável e vidro, ou de concreto
armado pré-fabricado. Grande parte do complexo foi produzida em oficinas
italianas e de outros países europeus.
Cobre uma superfície total de 47,5 mil metros
Solução para o véu e o vulcão:
O grande desafio era criar uma grelha
estrutural de camada única, totalmente envidraçada e com capacidade de se
curvar nos extremos, para cima e para baixo, como uma cadeia de montanhas. A
realização de tal façanha estava nas mãos dos profissionais da Mero, empresa
responsável pela engenharia das coberturas. Como a transparência do vidro
deixaria a estrutura de aço inteiramente exposta, Soeren Stephan,
engenheiro-chefe da Mero, desenvolveu um sistema especial para executar a forma
geométrica livre idealizada por Fuksas. Ele uniu suportes retos de seção T a
nós de discos duplos, fabricados separadamente, para criar as superfícies.
Depois, parafusou os componentes da estrutura, criando um campo de operações e
permitindo que esta recebesse o acabamento na fábrica, com o mínimo de solda.
Os nós foram projetados de maneira a receber dois prendedores em cada suporte
de conexão, não só para evitar problemas no momento da junção, como para
resistir à curvatura. No vulcão, foram usados 4 mil suportes na armação e 1.500
nós, enquanto o véu recebeu 38.929 suportes e 16.500 nós. As placas de vidro
laminado claro das duas coberturas foram fabricadas na Alemanha. O vidro do véu
é laminado de 8 + 8 mm e PVB de 0,76 mm. A cobertura do vulcão, por sua vez,
utilizou sistema de vidros duplos.
Alguns materiais usados na estrutura:
cabo de tensão
haste de tensão
Os losangos receberam reforços diagonais, formando
triângulos que aumentam a resistência da grelha e garantem a
sustentação das placas de vidro. A malha estrutural utiliza módulos de 2,7 x
2,25 metros, a fim de garantir à cobertura a largura constante de 31,57 metros
ao longo de todo o eixo central. O grande Véu fica apoiado sobre 183 colunas de
aço com 50 centímetros de diâmetro, que, no alto, dividem-se em braços que
chegam à cobertura. Essas ramificações ocultam o sistema de drenagem, projetado
de maneira a dispensar tubulações e calhas.
Pavilhão:
Internamente, os pavilhões têm grandes áreas livres, uma vez que a estrutura
se apóia em apenas 12 colunas, dispostas no centro, para não dificultar a
visibilidade e a acessibilidade, As paredes são
de chapas de aço inoxidável e vidro, ou de concreto armado pré-fabricado.
Grande parte do complexo foi produzida em oficinas italianas e de outros países
europeus.
Nessas construções, dois domos no
teto, a 25 metros de altura e com 40 metros de diâmetro, proporcionam
iluminação natural. Essas aberturas elípticas estão
revestidas lateralmente por placas delgadas de alumínio em forma de trapézio e
recobertas de vidro em cima. O teto dos pavilhões foi executado com as mesmas
placas de alumínio e o piso tem base de concreto com acabamento de pó de
quartzo.
100 mil peças de vidro que formam essa
estrutura
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