quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Laíse Louzada



                                                                           MAM
Laíse Louzada
Affonso Eduardo Reidy


Affonso Eduardo Reidy (Paris, 26 de outubro de 1909 - Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1964). Passou a viver no Rio de Janeiro desde novo, e aos 17 anos começou a estudar na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, formando-se arquiteto.
É considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no Brasil. Trabalhou e foi influenciado por importantes nomes da arquitetura, como Oscar Niemeyer e Le Corbusier.


MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO
Aterro do Flamengo, Rio de janeiro, 1953
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Fachada
Com correspondência a importante questão de conjugar a edificação com o ambiente físico, Reidy possuiu uma localização privilegiada para a construção de sua obra, no coração do Rio de Janeiro, debruçado sobre o mar, frente à entrada da barra e rodeado por belíssimas paisagens. O arquiteto fez o possível para com que a obra não competisse com as paisagens, então procurou construí-lo com predomínio horizontal e soluções abertas, para que a natureza participasse do espetáculo oferecido.

Croquis fachada norte

Croquis blocos 1 Exposição 2 escola 3 Teatro

A construção possuía uma estrutura independente, com “planos livres, ou seja, as funções construtivas passam a ser assumidas por colunas: As paredes passaram a ser simples elementos de vedação, como placas leves, de diferentes materiais e forma de exposição, assumindo à edificação uma forma menos cúbica.
A estrutura do museu proporciona o máximo de flexibilidade possível na utilização do espaço.
A galeria de exposição do MAM possui pé direito diferenciado ao longo de sua aréa, variando entre 8 metros; 6,40 metros; 3,60 metros, e ocupa uma de 130 metros de extensão por 26 metros de largura, inteiramente livre de colunas, fornecendo liberdade na arrumação de exposições.
A iluminação natural confere um sentido de movimento e vida ao espaço.



Quando a iluminação é zenital, a luz é difusa e uniforme, sem causar sombras, e a lateral da relevo aos objetos. Em pés direitos menores predomina a iluminação lateral, e os maiores com a zenital, através de sheds e lanternins.

1° Pavimento

2° pavimento

Pavimento térreo
O primeiro pavimento e parte do terceiro são espaços para exposições , e no restante do terceiro um auditório com 200 lugares, com equipamentos para apresentações cinematográficas, filmoteca, biblioteca, os serviços de administração e direção do Museu e o depósito para guardaras telas.Parte do primeiro pavimento térreo e subsolo há instalações auxiliares do museu.No segundo pavimento desse corpo há terraço jardim  e restaurante, que se comunicam com a galeria.

Escada em primeiro plano
O terreno da construção era dotado por água, então a fundação foi feita de forma bem segura, sendo colocadas estacas (elementos estruturais aterrados no solo) de 16 a 20 metros de profundidade. Sua execução foi feita com experimentos de penetração de prova de carga.

A estrutura do corpo principal do museu, Bloco de exposições é constituída de 14 pórticos em concreto armado, espaçadas de 10 em 10 metros, vencendo um vão de 26 metros.

Uma parte de cada pórtico intercepta no segundo pavimento, e forma uma viga de 4 metros de vão, onde são sustentados por meio de tirantes, a laje do terceiro pavimento e a cobertura. São ligados entre duas abas de 8 metros de largura, feitas de concreto armado.

Além de assumirem função estrutural, essas abas servem como para-sol. Para a proteção da fachada mais solada do bloco escola foi utilizada terracota (argila cozida no forno) na face junto a rampa de acesso ao terraço.

As cores e texturas foram as mais naturais possível, predominando  emprego de concreto e alvenaria de tijolo sem revestimento de vidro e alumínio.

BIOGRAFIA
Livro: Affonso Eduardo Reidy, Editorial Blau


Um comentário:

Maria gabi disse...

Essa imagem das plantas do museu, são em DWG? você poderia disponibiliza-las?