MAM
Laíse Louzada
Affonso
Eduardo Reidy
Affonso Eduardo Reidy (Paris, 26 de outubro de 1909 - Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1964). Passou a viver no Rio de
Janeiro desde novo, e aos 17 anos começou a estudar na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, formando-se
arquiteto.
É considerado um dos pioneiros na introdução da arquitetura moderna no Brasil.
Trabalhou e foi influenciado por importantes nomes da arquitetura, como Oscar
Niemeyer e Le Corbusier.
MUSEU
DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO
Aterro do
Flamengo, Rio de janeiro, 1953
.
Fachada
Com correspondência
a importante questão de conjugar a edificação com o ambiente físico, Reidy
possuiu uma localização privilegiada para a construção de sua obra, no coração
do Rio de Janeiro, debruçado sobre o mar, frente à entrada da barra e rodeado
por belíssimas paisagens. O arquiteto fez o possível para com que a obra não
competisse com as paisagens, então procurou construí-lo com predomínio horizontal
e soluções abertas, para que a natureza participasse do espetáculo oferecido.
Croquis fachada
norte
Croquis
blocos 1 Exposição 2 escola 3 Teatro
A
construção possuía uma estrutura independente, com “planos livres, ou seja, as
funções construtivas passam a ser assumidas por colunas: As paredes passaram a
ser simples elementos de vedação, como placas leves, de diferentes materiais e
forma de exposição, assumindo à edificação uma forma menos cúbica.
A
estrutura do museu proporciona o máximo de flexibilidade possível na utilização
do espaço.
A galeria
de exposição do MAM possui pé direito diferenciado ao longo de sua aréa, variando
entre 8 metros; 6,40 metros; 3,60 metros, e ocupa uma de 130 metros de extensão
por 26 metros de largura, inteiramente livre de colunas, fornecendo liberdade
na arrumação de exposições.
A
iluminação natural confere um sentido de movimento e vida ao espaço.
Quando a
iluminação é zenital, a luz é difusa e uniforme, sem causar sombras, e a
lateral da relevo aos objetos. Em pés direitos menores predomina a iluminação
lateral, e os maiores com a zenital, através de sheds e lanternins.
1°
Pavimento
2° pavimento
Pavimento
térreo
O primeiro
pavimento e parte do terceiro são espaços para exposições , e no restante do
terceiro um auditório com 200 lugares, com equipamentos para apresentações cinematográficas,
filmoteca, biblioteca, os serviços de administração e direção do Museu e o
depósito para guardaras telas.Parte do primeiro pavimento térreo e subsolo há
instalações auxiliares do museu.No segundo pavimento desse corpo há terraço
jardim e restaurante, que se comunicam
com a galeria.
Escada em
primeiro plano
O terreno
da construção era dotado por água, então a fundação foi feita de forma bem
segura, sendo colocadas estacas (elementos estruturais aterrados no solo) de 16
a 20 metros de profundidade. Sua execução foi feita com experimentos de
penetração de prova de carga.
A
estrutura do corpo principal do museu, Bloco de exposições é constituída de 14 pórticos
em concreto armado, espaçadas de 10 em 10 metros, vencendo um vão de 26 metros.
Uma parte
de cada pórtico intercepta no segundo pavimento, e forma uma viga de 4 metros
de vão, onde são sustentados por meio de tirantes, a laje do terceiro pavimento
e a cobertura. São ligados entre duas abas de 8 metros de largura, feitas de
concreto armado.
Além de assumirem função estrutural, essas abas servem como
para-sol. Para a proteção da fachada mais solada do bloco escola foi utilizada
terracota (argila cozida no forno) na face junto a rampa de acesso ao terraço.
As cores e
texturas foram as mais naturais possível, predominando emprego de concreto e alvenaria de tijolo sem
revestimento de vidro e alumínio.
BIOGRAFIA
Livro: Affonso
Eduardo Reidy, Editorial Blau
Um comentário:
Essa imagem das plantas do museu, são em DWG? você poderia disponibiliza-las?
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